A Polícia Civil investiga, entretanto, se o acidente tem relação com uma batida anterior, já que a vereadora Cleres Maria Cavalheiro Revelante (PT) denunciou à Brigada Militar que teve seu carro atingido pelo veículo dele mais cedo.
“Muito assustada e abalada, mas fisicamente bem”, diz a vereadora.
Ela conta que, por volta das 15h de terça, transitava na avenida Pio XII, próximo à Câmara de Vereadores da cidade, quando percebeu uma freada brusca de uma caminhonete Hylux e foi surpreendida por uma batida na traseira. No momento, a vereadora não teria entendido o que estava acontecendo e só depois visualizou o condutor da caminhonete.
Segundo ela, era um homem conhecido na cidade por defender ideias do presidente Jair Bolsonaro e contrárias ao PT, que constantemente realizava provocações nas redes sociais. Cleres afirma que nunca sofreu ameaça, o que foi comprovado pela Polícia Civil, mas conhecia o homem como autor de “provocações ideológicas”.
No entanto, por volta das 16h, o motorista se envolveu em outro acidente após passar a barragem Engenheiro José Maia Filho e perder o controle da caminhonete em uma estrada vicinal. De acordo com o delegado Dieison Anderson Garcia Novroth, não houve perseguição policial. A suspeita é que ele tenha perdido controle do veículo sozinho.
“A Brigada Militar [polícia militar do Rio Grande do Sul] estava atendendo quando o indivíduo veio a colidir, em uma estrada de chão, num barranco. Não havia perseguição. Foi acionado o Samu e ele acionou a BM. Chegou depois ao local, depois nós, [que] acionamos a perícia, que encaminhou o corpo para o DML”, relata o delegado.
A vereadora deve ser ouvida nesta quarta pela Polícia Civil. Segundo o delegado Dieison, serão levantadas imagens de câmeras de segurança para buscar algum indício se o primeiro acidente foi proposital ou não, além de ouvir outras testemunhas.
A delegada regional Diná Aroldi trata o caso como duas situações distintas: uma colisão no centro da cidade, durante a tarde, e a morte do mesmo indivíduo em outro acidente, no interior do município.
“Não há nada que ligue um fato a outro, nem mesmo temos informações acerca de desavenças políticas. Vamos averiguar todos os fatos, mas, por ora, não há informações sobre questões políticas”, afirma.
Fonte: G1RS