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Policial gravado agredindo três pessoas em Caxias do Sul é afastado
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Publicado em 23/08/2022

O policial militar gravado agredindo dois homens e uma mulher depois de uma briga de trânsito, em Caxias do Sul, na Serra, foi afastado do policiamento ostensivo nesta terça-feira (23). O agente estava de férias no dia em que a agressão foi registrada.

O advogado de defesa do PM, Maurício Custódio, informou que ele desconfiou da atitude dos ocupantes da moto que teriam seguido o carro e que fez uso de técnicas de identificação para abordar os dois homens. Disse ainda que, a ação na qual também tem a participação de uma mulher, não pode ser vista de forma isolada e sim dentro de um contexto.

Agora, o policial cumprirá função de policiamento de guarda, responsável pela segurança de locais como presídios e centros sócio-educativos. O afastamento deve durar pelo menos até a conclusão do inquérito policial-militar aberto pela Brigada Militar para apurar a conduta dele.

Em um vídeo gravado por uma testemunha no dia 12 de agosto, é possível ver o policial, que não teve a identidade revelada, agredindo os ocupantes de uma moto na qual ele teria batido com o carro minutos antes. Na sequência, uma mulher que presenciou as agressões e se aproxima do policial, aparentemente para questionar a reação dele, também é agredida com tapas.

O encarregado pelo inquérito policial militar tem o prazo de 40 dias para a conclusão da investigação. Durante esse período, deve ouvir os envolvidos, além de testemunhas.

Existe ainda a suspeita da presença de outros policiais militares na ação, inclusive duas brigadianas que estariam com o policial no carro. Sobre a presença desses agentes, o comandante da BM na Serra, tenente-coronel Emerson Ubirajara de Souza, disse que o inquérito também vai apurar a presença e atitudes deles na ação e, dessa forma, esclarecer os fatos.

A Polícia Civil também investiga o caso e trata a situação como crime de vias de fato, com pena prevista de até três meses de detenção. O delegado Luciano Pereira ainda aguarda o laudo de corpo de delito, que geralmente leva 30 dias pra ficar pronto, e o depoimento das partes e testemunhas, para concluir a investigação.

As investigações também apuram um possível crime de lesão corporal, com penas maiores. A polícia já solicitou as imagens de câmeras de segurança da região pra compor a investigação.

A agressão aconteceu na sexta-feira — Foto: Reprodução/RBSTV

Fonte: G1

Jornal Tribuna/Rádio Cidade 98.3 FM Cruz Alta/RS

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