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Criminosos erram alvo de execução, mas matam homem mesmo assim em Tramandaí
POLÍCIA
Publicado em 17/08/2022

Depois que um homem foi assassinado em Tramandaí, no Litoral Norte, na noite de terça-feira (16), a Brigada Militar (BM) realizou buscas na região e localizou quatro suspeitos de envolvimento no crime. Os dois supostos atiradores portavam pistolas e estavam com mais duas pessoas em um carro.

Segundo a investigação, todos os presos têm antecedentes — um era foragido — e integram uma facção. Os dois suspeitos do homicídio estariam procurando por um desafeto da organização criminosa e pensaram que Tiago Werpp, 36 anos, seria essa pessoa.

O crime ocorreu às 20h40min de terça-feira no bairro Parque dos Presidentes, no município. A BM relata — a partir de depoimentos de testemunhas — que dois homens se aproximaram do portão da residência da vítima e começaram a fazer barulho. Werpp saiu de casa para conferir a situação e se deparou com os dois criminosos armados. Um deles teria então alertado: “Não é ele, não é ele.”

O comparsa dele, no entanto, de acordo com os relatos, afirmou que a vítima teria que ser morta mesmo assim. “Agora não podemos deixar ele vivo porque já viu a gente.”

Werpp foi baleado e morreu no local.

Os assassinos fugiram do local e a BM foi acionada. Várias viaturas atuaram em buscas na região e, pouco tempo depois, um veículo Corsa foi abordado no bairro São Francisco II. No carro, havia quatro pessoas, três homens e uma mulher, todos com idades entre 19 e 22 anos. Os PMs verificaram que dois deles estavam armados com duas pistolas. Eles foram posteriormente reconhecidos como suspeitos do assassinato de Werpp. Com os detidos, que integram uma facção criminosa com base no Vale do Sinos, também foram apreendidos R$ 650, cerca de 12 quilos de drogas — maconha, crack e cocaína — e celulares, entre outros materiais.

Um dos homens estava na condição de foragido do sistema prisional e, no momento da abordagem, ainda tentou fugir, mas acabou detido pelos policiais. Todos têm antecedentes por crimes como roubo, sequestro, tráfico, receptação, lesão corporal e ameaça. Todos foram detidos por envolvimento no homicídio, sendo dois como autores dos disparos. No entanto, vão responder também por tráfico de entorpecentes. Os nomes deles não foram divulgados pela BM e a investigação do homicídio, a cargo da Polícia Civil, deve ser concluída em 10 dias. O objetivo é confirmar oficialmente se a vítima não era mesmo o alvo dos criminosos.

 

Renato Dias / Correio do Imbé / Divulgação

Fonte: GZH

Jornal Tribuna/Rádio Cidade FM 98.3 FM Cruz Alta/RS

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