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Entenda os tipos de questionário do Censo e conheça as perguntas inéditas desta edição
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Publicado em 08/08/2022

Assim como nos outros anos, há dois tipos de questionário utilizados no Censo 2022, que teve início em 1° de agosto. A maioria das pessoas receberá o básico, de até 26 perguntas, enquanto uma minoria da população ficará com o maior, de até 77 questões. A novidade desta edição é que ambos terão tópicos para quilombolas, enquanto o ampliado passará a identificar pessoas autistas.

A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é que cerca de 95% da população ficará com o questionário básico. É um formulário que leva em torno de cinco minutos de entrevista, segundo o coordenador operacional do Censo no Rio Grande do Sul, Luís Eduardo Puchalski. Já o maior, chamado de questionário da amostra, dura em torno de 20 minutos.

A diferença entre eles são os detalhes, como explica Puchalski:

— No questionário básico só se pergunta se o morador sabe ler e escrever, mais nada. Agora, se for o questionário da amostra, a gente faz a mesma pergunta, mas também pergunta se a pessoa vai para a escola, se cursa o Ensino Fundamental ou Médio, se já concluiu outra série. Se a pessoa responder que não frequenta a escola, a gente pergunta se já frequentou, até que nível avançou — exemplifica.

A inclusão de uma pergunta para identificar autistas foi determinada por lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019. A questão, que só faz parte do formulário maior, é a seguinte: “Já foi diagnosticado (a) com autismo por algum profissional de saúde?”. Com isso, espera-se estimar a população autista no Brasil.

Para quilombolas, há duas questões presentes nos dois formulários: se a pessoa se identifica como um e, caso a resposta seja afirmativa, qual é o nome da sua comunidade. Esses questionamentos serão feitos somente em territórios previamente identificados como quilombos.

Independentemente do tamanho do questionário, todo mundo pode responder sobre a renda por conta própria, sem precisar informar o recenseador, outra novidade do Censo 2022. Isso porque, segundo Puchalski, sempre houve grande constrangimento e até receio de dar esse tipo de informação.

— Uma das perguntas mais críticas sempre foi a questão sobre renda. Algumas pessoas têm medo de informar. Como o Censo é feito com smartphone, a pessoa pode colocar a informação ela própria. O recenseador vira a tela do aparelho e a pessoa coloca a informação. E passa para a próxima questão — diz.

Se preferir, a pessoa pode responder a todo Censo 2022 pela internet ou por telefone, bastando solicitar essa permissão ao recenseador no momento da visita presencial.

Tânia Rêgo / Agência Brasil

Fonte: GZH

Jornal Tribuna/Rádio Cidade 98.3 FM Cruz Alta/RS

 

 
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