Começa nesta quarta-feira (20) e vai até 15 de agosto o período para partidos políticos realizarem as convenções partidárias. É nesses eventos que as legendas definem os nomes que vão concorrer a um dos cinco cargos em disputa em 2022: Deputado estadual (distrital no Distrito Federal); Deputado federal; Senador; Governador; Presidente da República.
Para o governo do Estado do RS, apenas três dos 11 pré-candidatos ao Palácio Piratini anunciaram chapa completa, inclusive com os nomes ao Senado.
No PP, Luis Carlos Heinze terá Tanise Sabino (PTB) de vice e Comandante Nádia (PP) ao Senado. Já o Novo irá manter a prática de não fazer coligações e escolheu Rafael Dresch como vice de Ricardo Jobim, sem candidato a senador. O PSOL também montou chapa pura e terá Pedro Ruas a governador, com Neiva Lazzarotto de vice e Roberto Robaina ao Senado.
Os demais postulantes ao Piratini seguem com as vagas em aberto, na esperança de atrair aliados competitivos.
As maiores expectativas recaem sobre PSDB e MDB. Os dois partidos têm convenção marcada para a mesma data, 31 de julho, mas a tendência é de que o MDB defina seu rumo antes. Dividido entre a candidatura própria de Gabriel Souza ou a indicação do vice do tucano Eduardo Leite, o partido pretende antecipar a decisão para não correr o risco de ficar isolado. O PSDB já selou aliança com o União Brasil, mas deve guardar a vaga na chapa de Leite para um emedebista.
Outro namoro em fase de definição envolve PSB e PDT. Embora os socialistas estejam coligados ao PT no plano nacional, são escassas as chances de repetição do acordo no RS. O PT irá confirmar a candidatura de Edegar Pretto no dia 31, em local ainda indefinido.
Uma semana antes, no dia 23, o PSB planeja usar o Teatro Dante Barone, na Assembleia, para chancelar o nome de Beto Albuquerque ao Piratini. Até lá, o partido espera já ter fechado o apoio do PDT e anunciar Vieira da Cunha como vice. Os pedetistas realizam convenção uma semana depois, no dia 30.
As duas primeiras convenções foram marcadas para coincidir com os números dos respectivos partidos. Assim, o PSC confirma nesta quarta-feira (20) Roberto Argenta como seu candidato a governador. Dois dias depois, na sexta-feira (22), o PL consagra a candidatura de Onyx Lorenzoni. Os dois eventos também ocorrem no Dante Barone, palco de pelo menos seis convenções partidárias nas próximas semanas.
Além de confirmar os nomes ao Piratini, as convenções estaduais avalizam as nominatas de candidatos a deputado estadual, federal e ao Senado. Em tese, são a última instância partidária na definição das candidaturas. O mais comum é os delegados de cada legenda concederem às respectivas direções uma autorização para selarem alianças, substituir, retirar ou incluir nomes nas nominatas.
As incertezas na montagem das chapas ao governo do Estado se refletem na disputa ao Senado. Até agora, são poucos os partidos que definiram quem vai disputar o cargo de senador. Cobiçado por ao menos cinco pré-candidatos a governador, o apoio de Ana Amélia Lemos, candidata ao Senado pelo PSD, só será confirmado no dia 1º de agosto. Entre os grandes partidos, o PSD será o último a realizar a convenção.
Atual detentor do mandato em disputa, Lasier Martins (Podemos) ainda não selou o próprio destino. O senador pretende concorrer à reeleição, mas dirigentes do partido temem uma derrota e sugerem que ele concorra a deputado federal. A decisão final será tomada no próximo domingo (24). Um dia antes, o Republicanos celebra a candidatura do vice-presidente Hamilton Mourão, em aliança com o PL. Fabiana Sanguiné, do PSTU, terá o nome confirmado no dia 30, junto com a candidata da sigla ao Piratini, Rejane de Oliveira.
Rádio Cidade Cruz Alta
