“A investigada postou em seu perfil em uma rede social manifestações de cunho racista como: ‘eu tenho pavor de conviver com pessoas ‘escuras’, eles têm um complexo de inferioridade muito forte em relação às pessoas brancas…'”, conta a delegada Débora.
Como o ato criminoso envolve uma estudante de uma universidade federal contra colegas, a Polícia Federal (PF) foi quem abriu a investigação. A suspeita estuda no Centro de Artes e Letras (CAL). No entanto, como as ofensas não causaram dano à universidade nem teriam sido cometidos por um servidor federal, a Polícia Civil assumiu o caso.
A DPICOI apurou que a mensagem racista foi publicada no dia 10 de maio e já foi apagada. A delegada Débora Dias coletou depoimentos do diretor do CAL, do coordenador do curso e de alunos ao longo do processo investigativo. A aluna investigada não prestou depoimento, pois está internada em uma clínica desde o dia 13 de maio, segundo os pais.
O inquérito foi remetido ao Poder Judiciário e aguarda avaliação do Ministério Público (MP), que pode ou não oferecer denúncia (acusar a suspeita do crime) à Justiça. Caso haja a oferta e ela seja aceita pela, a suspeita se tornará ré no processo e começará a ser julgada. Se for condenada, poderá cumprir pena de prisão de até três anos e pagar multa.
Estudantes da UFSM protestaram quando o caso veio à tona em 10 de maio — Foto: Reprodução/RBS TV
Fonte: G1
Rádio Cidade Cruz Alta e Jornal Tribuna das Cidades