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Operação que investiga corrupção em Canela cumpre 180 medidas judiciais em 15 cidades gaúchas e mais dois Estados
POLÍCIA
Publicado em 19/05/2022

A Polícia Civil de Canela deflagrou, na manhã dessa quinta-feira (19), a 8ª fase da Operação Caritas, que investiga corrupção em parte do poder público da cidade. Os policiais cumprem neste momento, simultaneamente, 180 medidas judiciais, incluindo-se prisão preventiva, medidas cautelares diversas da prisão, afastamentos cautelares de servidores públicos, mandados de busca e apreensão, quebras de sigilo, apreensão de veículos e restrição de venda a imóvel. A ação é coordenada pelo delegado Vladimir Medeiros, titular da Delegacia de Polícia de Canela.

Ao todo, 130 policiais civis participam da operação policial, que está sendo realizada em 15 cidades do Rio Grande do Sul, além de Florianópolis (SC) e Goiânia (GO). Esta fase concentra esforços em investigações na Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Canela.  De acordo com a Polícia Civil, há contratos que somam até R$ 8 milhões sob investigação.

Detalhes da ação serão divulgados em uma coletiva de imprensa às 11h, na Delegacia de Polícia Regional de Gramado.

 

 
 
 

Sobre a Operação Caritas
A Operação Caritas começou em 9 de abril de 2021, quando foram apreendidos materiais de construção do Hospital de Caridade de Canela que haviam sido desviados para propriedade particular. Ainda conforme a Polícia Civil, foram encontrados indícios de uma rede de corrupção para lavagem de dinheiro. Entre as práticas, estariam suspeitas de falsificação de documentos, crimes em licitação, ocultação de bens, desvio de materiais de construção adquiridos para reforma do Hospital de Caridade, canalização de verbas, orçamentos fraudulentos em licitações e rachadinha.

Na segunda fase, em 30 de junho, policiais civis apreenderam uma lista com nomes de cargos de confiança que, segundo a apuração, pagavam valores em dinheiro para partido político. Isso ocorreu após os policiais acompanharem, durante todo o dia, a atividade de recolhimento do dinheiro em diversos locais, inclusive prédios públicos.

Já no dia 8 de novembro, 175 policiais civis cumpriram simultaneamente 176 medidas judiciais. As pessoas que ocupavam os cargos, à época, de presidente da Câmara de Vereadores de Canela (Alberi Gavani Dias, do MDB), de secretário municipal de Obras (Luis Claudio da Silva) e de interventor do Hospital de Caridade (Vilmar da Silva dos Santos) chegaram a ser presos preventivamente, mas foram soltos no dia seguinte e afastados das funções públicas temporariamente.

Além disso, naquela ocasião, foram afastados de maneira cautelar o então secretário municipal de Turismo (Angelo Sanches Thurler), o subsecretário de Obras (Osmar José Zangalli Bonetti), e um funcionário contratado como cargo em comissão na pasta de Obras (Denis Roberto de O. de Souza).

No dia 29 de novembro, 30 policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão na cidade e em Gramado em endereços ligados a empresas que prestam serviços de maquinário e terraplanagem para a prefeitura de Canela. Ao todo, cinco locais foram alvos de buscas nas duas cidades. Em 16 de dezembro fo

 

 
 
 

Fonte: GZH

Rádio Cidade Cruz Alta e Jornal Tribuna das Cidades

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