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Operação transfere líderes de facções envolvidas em ataques que já deixaram 25 mortos em Porto Alegre
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Publicado em 13/04/2022

A cúpula da Segurança Pública do Estado deflagrou a Operação Fatura, na manhã desta quarta-feira (13), para transferir 10 líderes de facções do Presídio Central de Porto Alegre para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Eles teriam envolvimento no conflito entre grupos criminosos que promoveram mais de 30 atentados com pelo menos 25 mortes na Capital nos últimos dias.A novidade é que está sendo negociada a instalação de um regime diferenciado, espécie de RDD (regime disciplinar diferenciado), que daria maior limitação aos detentos. Com isso, o isolamento dos presos seria maior, visando evitar o uso de telefones celulares para comandar crimes de dentro da cadeia, por exemplo.

Apesar de a Pasc ter celas individuais, os detentos acabam tendo muito contato diário. Com o regime diferenciado, isso seria limitado ao máximo.

A operação desta quarta-feira é integrada, coordenada pelas secretarias da Segurança Pública (SSP) e de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS). Participam a Polícia Civil, a Brigada Militar e a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).

São 10 criminosos identificados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, que sugeriu as transferências. Eles não tiveram os nomes divulgados.

 


Conflito na Capital

Uma série de conflitos entre organizações criminosas vem deixando um rastro de medo e morte na Capital. Ao menos 25 pessoas foram assassinadas devido à disputa desde o dia 14 de março.

Conforme a Polícia Civil, que investiga o caso, os crimes seriam motivados por dívida de uma facção que atua na Vila Cruzeiro, na zona sul de Porto Alegre, com outra, que atua no Vale do Sinos.

De acordo com o diretor da Divisão de Homicídios da Capital, delegado Eibert Moreira, a facção do Vale do Sinos teria recebido reforço de outra organização atuante no bairro Bom Jesus, na Zona Leste, para cobrar a dívida do grupo rival. Pressionada com a possibilidade de perder território, a facção sediada na Vila Cruzeiro teria realizado os ataques mais violentos, segundo a polícia.

 

Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Brigada Militar / Divulgação

Fonte: GZH

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