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Pinhão é protegido por lei federal para garantir a alimentação da fauna e a multiplicação das araucárias, explica agrônomo
AGRO
Publicado em 19/03/2022

Na manhã de ontem (18), o 3°Batalhão Ambiental da Brigada Militar de Passo Fundo desencadeou a Operação Curiúva – prevenção e fiscalização da colheita, comércio e transporte do pinhão. Curiúva: do tupi-guarani “a árvore do pinhão”.

Uma Equipe do 3°BABM realizou a fiscalização em uma fruteira, localizada na Avenida Presidente Vargas, em Passo Fundo. Os policiais constataram que havia grande quantia de pinhão, exposto para venda e outra parte em depósito, totalizando, aproximadamente, 150Kg do produto.Cabe salientar que a Portaria Normativa DC 20, 27 de setembro de 1976, do IBAMA, proíbe a coleta, venda, transporte ou depósito de Pinhão antes de 15 de abril. Conforme o engenheiro agrônomo da Emater, Ilvandro Barreto de Melo, a araucária é protegida pela legislação e, por isso, os primeiros pinhões produzidos pelas árvores servem para alimentar a fauna e para multiplicação da espécie. Desse modo, apenas após o dia 15 de abril é permitida a colheita para consumo humano.De acordo com Barreto, sem a legislação de proteção, a araucária poderia entrar em extinção, visto o consumo predatório realizado com o pinhão. Por isso, as autoridades ambientais criaram a lei para garantir a permanência da espécie. Conforme o agrônomo, o pinhão leva de dois a três anos desde o processo de polinização até a maturação e colheita. O período longo para maturação, acaba expondo o pinhão a condições climáticas diversas e isso afeta diretamente a quantidade e qualidade do pinhão produzido. Portanto, nos últimos anos a produção vem reduzindo na nossa região.

A média de comercialização no Estado era de 900 toneladas de pinhões durante a safra, mas no ano passado esse número caiu para 300 toneladas. A expectativa é que em 2022 esse número seja ainda menor, relacionado também com a estiagem.

 

Créditos: Reprodução/Internet

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