"Eles se aproveitam dessa onda de homicídios para cobrar dívidas antigas. Também se verificou que, nesse meio, houve mortes que não tinham nenhuma relação com o tráfico de drogas, como um motoboy vítima de homicídio por um grupo criminoso", explica Fulanetto.Diante disso, a Brigada Militar também implementou ações ostensivas de combate ao crime, ressalta o major Marcelo Nunes Ferreira, comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
"Desde então, a gente começou a botar ações buscando um enfrentamento, a diminuição desses indicadores", aponta.
Entre essas ações, está uma força-tarefa, a Operação Lagunar, instaurada em janeiro, com o apoio de 100 policiais. No período, o 5º Batalhão de Choque, sediado em Pelotas, foi transferido para Rio Grande.
Segundo o comandante, foram apreendidas 99 armas de fogo em 2022, além da realização de 126 flagrantes por tráfico de drogas, com 40 kg de entorpecentes recolhidos, e da prisão de 41 foragidos.O secretário da Segurança de Rio Grande, Anderson Castro, afirma que a cidade trabalha na integração com os órgãos de segurança, em um gabinete de gestão, e em projetos para reduzir a criminalidade.
"Estamos fechando parcerias com o governo do estado para receber cinco câmeras de leitura de placas de veículos furtados e roubados, já instalamos a nova central de videomonitoramento, estamos desenvolvendo um projeto de Cultura da Paz, com ações voltadas aos jovens, crianças e as famílias", lista.
Outra proposta é armar a guarda municipal, adequando a legislação em paralelo com um convênio junto à Polícia Federal.