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Sumiço de casal em Cachoeirinha entra para o rol de desaparecimentos intrigantes no RS
POLÍCIA
Publicado em 17/03/2022

O misterioso sumiço do casal Marlene Heger Stafft e Rubens Heger não é o único com circunstâncias parecidas na história recente do Rio Grande do Sul. Os casos rumorosos e sem final definitivo volta e meia ressurgem para desafiar a polícia e impulsionar o imaginário dos gaúchos.

Na última década, três casos foram arquivados sem uma resposta conclusiva e sem qualquer tipo de vestígio dos envolvidos, o que dificulta qualquer tipo de investigação e levantamento de acontecimentos e culpados. Em 2011, em Três Passos, houve o desaparecimento de Cintia Luana Ribeiro Moraes, na época com 14 anos. Ela disse ter um encontro marcado com o suposto pai de sua filha criança e, depois de sair de casa e enviar uma mensagem dizendo estar partindo em viagem com ele, nunca mais foi vista.

Na investigação, a Polícia constatou que o suposto pai havia dado uma quantia em dinheiro para que Cintia saísse da cidade até a criança completar um ano e ser realizado um teste de DNA para confirmar a paternidade. Porém, depois deste encontro, a menina nunca retornou nem realizou nenhum tipo de contato com a família.

Um relato anônimo apontou que Cintia havia se mudado para a Argentina e agora estava loira. Em 2012 e 2015 outros depoimentos reforçaram essa versão, mas a menina nunca foi encontrada e a pessoa loira dita nos relatos não tinha filho ou sequer mencionava um. Em 2018 o inquérito foi arquivado por falta de provas.

No sul do Estado, em Pelotas, o caso da professora da UFPel, Cláudia Hartleben, arquivado em 2019 por falta de provas, também terminou sem qualquer tipo de definição. Ela sumiu na noite do dia 9 de abril de 2015 para nunca mais ser encontrada. A investigação aponta o então companheiro e o filho como principais suspeitos, mas nenhuma prova consegue ligar eles ao desaparecimento, mesmo depois de vasculharem mais de 80 horas de registros em câmeras de segurança da região, em locais que a professora costumeiramente passava.De acordo com depoimentos, Cláudia voltava de mais um dia normal da rotina. A mãe da professora, que morava na casa ao lado, ainda ouviu o carro chegando ao fim da noite. Os pertences de Cláudia estavam todos dentro de casa. Roupas, joias, acessórios, todos deixados em cima da cama. Apenas a carteira havia sumido junto com ela, mas nenhuma movimentação foi registrada na conta. No dia seguinte, Cláudia não apareceu para o trabalho e a família nunca mais teve nenhum tipo de notícia dela.

 

O caso do gerente bancário Jacir Potrich, desaparecido em 13 novembro de 2018, é outro que as investigações ainda não encontraram qualquer tipo de indício do que aconteceu. Morador da cidade de Anta Gorda, o gerente de 55 anos na época, havia saído em uma pescaria, que até teve o retorno ao condomínio que morava registrado por câmeras, mas Jacir nunca mais foi encontrado.O sumiço foi apontado por um sobrinho que morava com Jacir e a esposa dele. Depois de extensa busca de uma força tarefa da Polícia Civil, Brigada Militar, BOE e Bombeiros, não encontraram nenhuma pista do paradeiro do gerente. O principal suspeito é um vizinho que foi visto caminhando no telhado da casa de Jacir e mexendo nas câmeras de segurança, mas o homem alegou que estava limpando elas.

Os três casos citados tem o mesmo fato em comum com o de Rubens e Marlene: Nenhum deles houve algum corpo encontrado nem alguma imagem em câmeras de segurança que mostrasse algum combate, homicídio ou movimentação de sequestro. Todos seguem desaparecidos, intrigando parentes, vizinhos e a própria polícia.

 

 

 

 

 

FONTE: GIRO DE GRAVATAÍ

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