O Rio Grande do Sul fechou o ano de 2021 com alta de 10,4% no produto interno bruto (PIB) em comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG).
O PIB do estado foi de R$ 582,968 bilhões no período, correspondendo a 6,7% de toda a produção nacional. Já a alta superior a 10% do RS mostra crescimento maior do que o Brasil como um todo, que cresceu 4,6% no ano passado.
Os pesquisadores responsáveis pelo estudo apontam que o aumento do PIB é puxado pela recuperação da estiagem de 2020 e pela retomada do ritmo da produção industrial. Contudo, a falta de chuva no início deste ano e o cenário econômico mundial já preocupam o estado para o próximo ciclo.
"Os desafios de 2022 já se impõem neste início do ano, com prováveis perdas de produção na agropecuária, em decorrência da nova estiagem, e com os possíveis impactos globais dos atuais conflitos no leste europeu", avalia Vanessa Sulzbach, chefe da Divisão da Análise Econômica do DEE.
O PIB per capita foi de R$ 50.840,40, um aumento real de 10% e 25% maior que o PIB per capita nacional.
A agropecuária foi o destaque da economia do RS em 2021. A alta do PIB do setor no ano foi de 67,5%. Em todo o Brasil, produção rural sofreu leve queda de 0,2%. A soja foi a cultura que mais valorizou no período.
PIB da agropecuária no RS
2021
80,880,868,568,519,419,46,86,84,34,3SojaTrigoFumoArrozMilho0102030405060708090
Fonte: DEE/SPGGA indústria gaúcha cresceu 9,7% frente a 4,5% da produção nacional. A indústria de transformação (11,8%) puxou a alta, seguida da construção (7,4%) e da extração mineral (4,8%). O setor de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana teve o aumento mais tímido (1,6%).
Dentro da indústria de transformação, o setor com melhores resultados foi o de máquinas e equipamentos (35,5%). Os únicos mercados a perderem renda foram os de produtos do fumo (-4,4%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,4%).
Destaques da indústria de transformação
Atividade |
Taxa (%) |
Máquinas e equipamentos |
35,5 |
Produtos de metal |
19,0 |
Couros e calçados |
16,5 |
Metalurgia |
16,4 |
Derivados de petróleo |
12,8 |
Móveis |
12,5 |
Produtos minerais |
11,2 |
Produtos químicos |
10,6 |
Celulose e papel |
6,1 |
Produtos de borracha e plástico |
4,7 |
Bebidas |
1,7 |
Produtos alimentícios |
0,8 |
Produtos de fumo |
-4,4 |
Veículos automotores |
-11,4 |
Já o setor de serviços cresceu 4,1% – no Brasil, a alta foi de 4,7%. Os melhores resultados, com altas na casa de 7%, foram nas áreas de transportes, armazenagem e correio, serviços de informação e outros serviços. O comércio subiu 6,6%.
A indústria gaúcha cresceu 9,7% frente a 4,5% da produção nacional. A indústria de transformação (11,8%) puxou a alta, seguida da construção (7,4%) e da extração mineral (4,8%). O setor de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana teve o aumento mais tímido (1,6%).
Dentro da indústria de transformação, o setor com melhores resultados foi o de máquinas e equipamentos (35,5%). Os únicos mercados a perderem renda foram os de produtos do fumo (-4,4%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,4%).
Destaques da indústria de transformação
Atividade |
Taxa (%) |
Máquinas e equipamentos |
35,5 |
Produtos de metal |
19,0 |
Couros e calçados |
16,5 |
Metalurgia |
16,4 |
Derivados de petróleo |
12,8 |
Móveis |
12,5 |
Produtos minerais |
11,2 |
Produtos químicos |
10,6 |
Celulose e papel |
6,1 |
Produtos de borracha e plástico |
4,7 |
Bebidas |
1,7 |
Produtos alimentícios |
0,8 |
Produtos de fumo |
-4,4 |
Veículos automotores |
-11,4 |
As atividades imobiliárias (1,8%) e administração, educação e saúde públicas (0,1%) tiveram aumentos menos expressivos. Já os serviços de intermediação financeira e seguros caíram 2,3%.
No comércio, os melhores resultados foram no mercado de artigos de uso pessoal e doméstico (30,2%), tecidos, vestuário e calçados (22,1%) e artigos farmacêuticos (16,7%).
Os mercados de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-18,2%), de livros, jornais, revistas e papelaria (-9,9%), de hipermercados e supermercados (-5,6%) e de móveis e eletrodomésticos (-4,7%) tiveram queda no PIB.
Produto interno bruto foi de R$ 582,968 bilhões no período, correspondendo a 6,7% de toda a produção nacional. Agropecuária teve o resultado mais expressivo.
Foto:ilustrtiva internet