O gás também já está mais caro. Em Porto Alegre, uma revenda comercializa o botijão de 13 quilos na tele-entrega por R$ 125. O consumidor passou a optar pelo menos, de 8 quilos, que está por R$ 85.
"Surpreendeu. A gente não estava esperando essa subida neste momento", comenta o dono da distribuidora, Gilcemar Nicoletti Rodrigues.
O cilindro de 45 quilos, muito usado em bares, restaurante, padarias e condomínios, foi o que teve o maior reajuste. Agora, ele passa a custar R$ 430.
"Foi o maior aumento que já teve em uma única vez: R$ 34 reais", completa.
O presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral (Singasul), José Ronaldo Tonet, considera, entretanto, que o aumento já era esperado. E o consumidor é quem arcará com os custos.
"Já tínhamos cinco meses sem reajuste, e o valor de R$ 8 por botijão deverá ser integralmente repassado. Talvez com alguma elevação a mais tendo em vista o aumento do custo do frete, em decorrência da elevação do óleo diesel", observa.
A autônoma Lisiane dos Santos Pinheiro de Lima já ficou mais de uma semana sem usar o fogão porque não tinha dinheiro para comprar gás. A renda mensal de R$ 745 obriga que ela use outros meios para preparar o alimento.
"Quando eu não tenho, eu faço na rua ou no fogão a lenha. Eu tenho saudade quando era R$ 8, porque dava para comprar", lamenta.
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Por Augustine Timm e Jonas Campos, RBS TV