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Primeiro dia após reajuste da Petrobras tem gás a R$ 125 e litro da gasolina a mais de R$ 8 no RS
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Publicado em 12/03/2022

O primeiro dia de validade do reajuste no preço do gás de cozinha e dos combustíveis imposto pela Petrobras foi de peregrinação atrás de menores preços em todo o Rio Grande do Sul. Contudo, a sexta-feira (11) expôs produtos a custo alto, como botijões a R$ 125 e litro da gasolina comum acima de R$ 8.

O aumento no preço da gasolina foi de 18,8% para as refinarias, uma alta de R$ 0,44, em média, na bomba.

O valor mais alto foi encontrado na serra gaúcha. Em Canela, o litro da gasolina comum chega a custar R$ 8,29. Já em Gramado o mesmo combustível era encontrado a R$ 7,99.

O mesmo valor foi encontrado nos postos de Bagé, na Região Sul. A cidade já liderou o ranking de gasolina mais cara do país, mas perdeu o posto com as reduções dos últimos meses.

"Tem coisas que a gente não escapa. Levar a criançada para a escola, muitas vezes, só com carro, mas para uso de viagens curtas dentro da cidade a bicicleta está sendo a melhor opção", afirma o gerente de loja Heron Regert.

Em Jaguarão, também no Sul do estado, o aumento foi de mais de R$ 1. Passou de R$ 6,64 para R$ 7,69 em um posto. Em Pelotas, o litro da gasolina comum varia entre R$ 7,19 e R$ 7,59.Já em Rio Grande, variava de R$ 6,90 a R$ 7,08. O Procon recebeu 15 denúncias de consumidores e, durante a tarde, fiscalizou todos os postos de combustíveis da cidade. Um deles foi autuado ainda na quinta (10) por vender combustível com valor mais alto sem ter feito a compra já com o reajuste.

O mesmo aconteceu em Bento Gonçalves, na Serra, onde seis postos foram autuados por preços abusivos.

O gás também já está mais caro. Em Porto Alegre, uma revenda comercializa o botijão de 13 quilos na tele-entrega por R$ 125. O consumidor passou a optar pelo menos, de 8 quilos, que está por R$ 85.

"Surpreendeu. A gente não estava esperando essa subida neste momento", comenta o dono da distribuidora, Gilcemar Nicoletti Rodrigues.

O cilindro de 45 quilos, muito usado em bares, restaurante, padarias e condomínios, foi o que teve o maior reajuste. Agora, ele passa a custar R$ 430.

"Foi o maior aumento que já teve em uma única vez: R$ 34 reais", completa.

O presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral (Singasul), José Ronaldo Tonet, considera, entretanto, que o aumento já era esperado. E o consumidor é quem arcará com os custos.

"Já tínhamos cinco meses sem reajuste, e o valor de R$ 8 por botijão deverá ser integralmente repassado. Talvez com alguma elevação a mais tendo em vista o aumento do custo do frete, em decorrência da elevação do óleo diesel", observa.

A autônoma Lisiane dos Santos Pinheiro de Lima já ficou mais de uma semana sem usar o fogão porque não tinha dinheiro para comprar gás. A renda mensal de R$ 745 obriga que ela use outros meios para preparar o alimento.

"Quando eu não tenho, eu faço na rua ou no fogão a lenha. Eu tenho saudade quando era R$ 8, porque dava para comprar", lamenta.

 

 

foto:internet

 
Por Augustine Timm e Jonas Campos, RBS TV
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