— Fomos fazendo uma busca e vimos ele no quarto ao lado; estava próximo a uma janela. Colocamos um cobertor sobre ele para passar perto da cozinha que estava muito quente e conseguimos sair do apartamento. Ele [o morador] estava consciente, conseguia caminhar um pouco, mas ele inalou muita fumaça e tinha queimaduras pelo corpo — relata. 

Ao sair do prédio, o idoso que estava com queimaduras de segundo e terceiro grau nos braços, pernas, costas, face e na cabeça, foi colocado sentado em uma escada por alguns minutos, até a chegada da guarnição que o levaria para o Hospital de Braço do Norte. Nesse momento, o morador foi amparado pelo Bombeiro Comunitário Silveira e a imagem emocionante foi registrada. 

— É a sensação de missão cumprida. Quando a gente entra pro Corpo de Bombeiros, principalmente eu que sou Bombeiro Comunitário, fazemos um juramento para servir e proteger. Quando esse senhor foi retirados pelos militares lá de dentro, ele estava perturbado com aquela situação, fora as queimaduras… A sensação que tenho é de tentar proteger alguém como se tu tivesse se protegendo ou protegendo alguém da tua família. Essa foi a minha preocupação, de tentar estabilizar o máximo para que a dor que ele estava sentindo não fosse maior do que a dor da perda dele vendo um incêndio em seu apartamento — diz o BC Silveira. 

Mesmo sendo a pessoa exposta na foto, o bombeiro ressalta a importância do trabalho em conjunto que foi feito no combate às chamas.