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Família que precisa de aparelhos para tratamento de filho de três anos fica sem luz em Porto Alegre
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Publicado em 07/03/2022

Uma família de Porto Alegre que precisa de energia elétrica em função do tratamento de uma criança de três anos ficou sem luz cerca de 22 horas. A energia caiu às 16h30 de domingo (6), após o temporal que atingiu a Região Metropolitana da Capital e retornou apenas às 14h20 desta segunda (7).

O filho do casal Mariana Pares e Guilherme Fogaça está em internação domiciliar e precisa manter um aspirador traqueal ligado.

A CEEE Grupo Equatorial, responsável pelo fornecimento de energia na Capital, chegou à residência da família às 11h45 desta segunda-feira, após a publicação desta reportagem.Segundo os pais, Théo sofreu um afogamento no final de 2020, ficando com lesões neurológicas. Desde então ele utiliza o aspirador, além de uma dieta enteral e um oxímetro. A dieta é uma fórmula nutricionalmente completa, administrada ao paciente na forma líquida por meio de uma sonda. Ela precisa ser feita no liquidificador, conforme a família.

"A gente precisa bater essa dieta no liquidificador, e a gente não tem energia. Eu vou precisar hoje correr atrás de outros recursos, ir na casa de alguém, fazer todas as dietas do dia dele", conta Mariana.

O casal mora na Zona Norte de Porto Alegre, e além do filho, vivem com os pais de Mariana.

"Além de nós três, moram ainda os meus pais nesta casa. Está difícil, foram 12 horas complicadas. Foi uma noite que a gente não dormiu, porque a gente não tinha como monitorar o Theo. O oxímetro tem bateria, mas às 2h já acabou. Então, é uma noite que a gente ficou mais alerta, foi bem complicado", diz Mariana.

 

 

Cadastro na CEEE

 

 

Em posicionamento enviado à RBS TV, a CEEE informou que existe um benefício para atendimento prioritário a clientes que possuem aparelhos vitais. Para obter o benefício, o cliente precisa ser inscrito como consumidor com aparelhos essenciais à vida.

Porém, Mariana diz que já tentou fazer o cadastro em duas oportunidades, e nunca teve retorno da companhia de energia.

"Eu liguei e mandei e-mail, os e-mails não respondem. E os telefones nos deixam na espera muito tempo", lamenta.

 

 Foto: Arquivo pessoal

 

Por Gabriela Clemente, g1 RS e RBS TV

 

 

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