Mas, para Larrosa, a melhor forma de se preparar para escrever uma boa redação é acumular conhecimento sobre o máximo de temas possíveis. Não à toa, seu texto teve quase nota máxima.
"A primeira vez que vi o tema, fiquei um pouco preocupado. É um tema relevante, mas não tão visto. Relendo meu texto, perecebi que ter repertório é importante. Ir atrás de material diferente, seja em livro ou não. Citei 'Os Miseráveis' no meu texto, falando sobre a mudança de identidade de Jean Valjean. O tema ser sobre cidadania, a importância de ter a documentação, então, encaixa muito. Ter esse repertório me ajudou demais", conta o estudante, que deseja cursar Engenharia Elétrica.
Ele também ressalta que é importante atentar para a fórmula pedida pelo Enem no texto. Ele caracteriza o tipo de texto pedido pelo exame como uma "receita de bolo", citando como exemplo a necessidade de se apresentar uma "proposta de intervenção" — regra do Enem que exige que o candidato proponha no texto ações inovadoras que caminhem para a solução do problema proposto no exame.
"Não se prepare para um tema, e sim para fazer uma redação no modelo Enem. É uma prova muito metódica, tem quase uma receita de bolo. No ano passado, tirei 600 e poucos, e perdi muito ponto por não fazer a proposta de intervenção. Fazendo isso, já são praticamente 200 pontos. Entender essa fórmula de como escrever a redação é algo que ajuda", garante.
Guillermo Larrosa, estudante de 20 anos de Canoas, fez 980 na redação do Enem — Foto: Guillermo Larrosa/Arquivo pessoal
Por Gustavo Foster, g1 RS