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Quadrilha trocava até o triplo de notas falsas por dinheiro verdadeiro no RS, diz polícia
POLÍCIA
Publicado em 18/12/2021
Foto: Polícia Civil/Divulgação
 

A Polícia Civil cumpre, na manhã desta sexta-feira (17), 29 ordens judiciais no RS dentro de uma operação que busca desarticular uma organização criminosa suspeita de estelionato e lavagem de dinheiro.

As ações ocorrem em Novo HamburgoTaquaraNova Hartz e Sapiranga, na Região Metropolitana, bem como em São José do Norte e Capão da Canoa, no Litoral. São cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão preventiva. Ainda não houve divulgação do que foi apreendido. Uma mulher de 36 anos foi presa. Segundo a polícia, ela é esposa do líder da organização.

De acordo com a investigação, a quadrilha é especializada em um esquema conhecido como “3 por 1”. “Clientes” buscavam os estelionatários para trocar dinheiro verdadeiro por uma quantidade maior de dinheiro falso. A Polícia Civil identificou casos em que pessoas trocaram R$ 100 mil legítimos por até R$ 300 mil em notas falsificadas.

Os “clientes” acabaram se tornando “vítimas” e denunciaram o caso à polícia. Isso porque, em algumas situações, na hora de os estelionatários entregarem o dinheiro falso, eles encenavam uma ação policial em que o material era todo apreendido – com envolvimento de pessoas vestindo uniformes policiais e até carros que se passavam por viaturas. Como tanto “cliente” quanto “fornecedor” estavam envolvidos em práticas criminosas, as situações, normalmente, não eram denunciados.

As investigações começaram em 2020, depois que um caso de homicídio em Novo Hamburgo foi concluído pela Polícia Civil. A polícia descobriu que a vítima, um homem de 32 anos, havia sido assassinado pelo sogro, apontado pelo chefe da organização de estelionatários. Ele, que está preso, teria suspeitado que o genro fugiria com parte do seu dinheiro, motivo do assassinato.

Durante as buscas por provas, a polícia encontrou, dentro de um apartamento de propriedade de uma pessoa ligada à organização, R$ 2,2 milhões em moedas de diversas nacionalidades e documentos falsos. Além disso, foram havia contratos de imóveis, carros de luxo e até um avião ligado ao grupo criminoso.

 

 

Fonte: G1

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