O Rio Grande do Sul é o sexto produtor brasileiro de laranja com uma produção média de 373.295 toneladas no período de 2016 a 2018 – responsável por 2% da produção nacional.Segundo a EMBRAPA, desde a década de 90, a cultura de citros tem se expandido no estado.
O cultivo de laranjais também faz parte da cultura da nossa região, visto que a comercialização do produto auxilia na renda dos agricultores e comércios regionais. Um dos produtores do ramo é Juraci Bettio, professor de educação física aposentado, que reside em Espumoso, e tem um laranjal na localidade de Rincão dos Toledos, Campos Borges.
São 30 hectares de laranjas cultivadas, entre as qualidades de laranja se destacam a navelina, lanelate, salustiana e valência delta. “Comecei a atividade em 1994, com uma pequena área plantável, o que ia me dar um retorno financeiro maior que o da soja. Tive no início como principais dificuldades a falta de conhecimento na área e falta de suporte técnico”, comentou o proprietário.
Além dos desafios de cultivar e manter essa cultura, Juraci destaca que enfrentou dificuldades com doenças que atingiram sua plantação.” O laranjal já foi atingido por várias doenças como a verugose, podridão floral, cancro cítrico, pinta preta, e várias pragas como ácaro da ferrugem, cochonilhas e mosca da fruta”.
Apesar disso, Juraci não teve nenhuma safra perdida, e sempre buscou manter o ritmo de produção. “Totalmente uma safra perdida nunca tive, mas já tive safra com muita baixa produtividade causada pela geada e seca. A menor produção que já tive foi ano passado por conta da seca, tenho expectativa que esse ano será minha maior safra com cerca de 800 toneladas”.
A venda das laranjas na região acontece nas cidades de Espumosas, Ibirubá, Não Me Toque, Tapera, Victor Greffe, mas a grande maioria, cerca de 80% vai para a Seasa, atualmente cerca de dois caminhões por semana levam o produto até a empresa.