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Leite São Carlo ‘revive’ o consumo do leite de saquinho na região
REGIÃO
Publicado em 26/07/2021

O leite e seus derivados compõem parte importante da dieta diária dos gaúchos. Em geral, é um alimento que tem sido considerado saudável, especialmente por seu conteúdo de cálcio. Durante anos o produto mais consumido por muitos foi o famoso leite de saquinho. O produto passa pelo processo de pasteurização, e é aquecido a 75ºC durante aproximadamente 15 segundos, e resfriado rapidamente. Esse processo mata a maior parte das bactérias causadoras de doenças, e conserva os lactobacilos que são bactérias benéficas para a saúde.

 

Anos mais tarde, com a chegada de seu concorrente, o leite em caixinha, conhecido como leite longa vida, o consumo do produto diminuiu drasticamente fazendo com que alguns mercados não mais o comercializassem. Diferente do leite de saquinho, o de caixinha tem a validade do leite é maior, de aproximadamente 4 meses, e não necessita ficar sob refrigeração nas prateleiras do mercado. O alimento passa pelo processo UHT (Temperatura Ultra Alta), aquecido a uma temperatura de 130ºC e 150ºC por 2 a 4 segundos, e resfriado rapidamente a 32ºC . Nesse processo todas as bactérias são eliminadas, inclusive as probióticas que são benéficas para a saúde.

 

Embora a praticidade do leite de caixinha seja tentadora, a qualidade do leite de saquinho torna-se impossível de abater.  A melhor opção para o seu bem-estar e saúde é o leite de saquinho, que apesar da validade menor ainda conserva parte dos nutrientes e não tem adição de conservantes.

 

O produto teve a retomada ao comércio regional no mês de junho, com a inauguração do Laticínio São Carlo. A agroindústria é localizada na comunidade de Mundo Novo, Campos Borges, e tem a comercialização de seus produtos nas cidades de Campos Borges, Salto do Jacuí, Espumoso, Ibirubá, Tapera e Tio Hugo.

 

Conforme explica o proprietário, Atílio Molinaro, com mais de 10 anos de experiência na área, o leite São Carlo é puro, extraído do animal, feito a pasteurização e logo em seguida colocado no saquinho e pronto para servir. O produto é classificado como Tipo A, onde o leite é pasteurizado com menor concentração de microrganismos por mL (o valor máximo permitido é de 500/mL). Sua ordenha é feita de apenas um rebanho e não existe contato manual em nenhuma etapa da produção. Ela é 100% mecânica e enviada diretamente para a pasteurização e envase.

 

Antes de se tornar empresário, Atílio já trabalhava na bacia leiteira, auxiliando a produtividade na região. “Sempre tive o pensamento de expandir o negócio, e levar nosso leite até a mesa das pessoas. Para que assim como nós aqui de casa, outras possam tomar um leite de boa qualidade. Queremos que os nossos consumidores tenham um produto direto da fazenda”, explicou.

 

Para atender a demanda, são ordenhadas diariamente 70 vacas, com a mão de obra de seis pessoas para os afazeres diários, para uma produção mensal de 55 a 60 mil litros de leite. Além do leite integral São Carlo, segundo Atílio, serão produzidos queijos, iogurtes, bebida láctea e nata.

 

    

 

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